23 de set. de 2007
6 – A primeira musica de trabalho (La primera persona) do seu novo álbum contem uma frase automaticamente demolidora "No hay más miedo que el que sientes cuando ya no sientes nada" – Não há mais medo que aquele que se sente quando não se sente mais nada – Artisticamente, já chegaste sentir-te assim, Alejandro?
Cheguei a me sentir psicologicamente e emocionalmente assim. Felizmente, o artista também é capaz de utilizar a dor como fonte de inspiração. Foi assim mesmo que cheguei a me sentir.
7 - E qual é o remédio para resolver essa crise?
A pomada da ilusão, a pomada das vontades, o ungüento de não abandonar a musica, os amigos a família...
8 – Alejandro tem tatuado o touro de Guerika – de Picasso – como aposta pacifista contra a guerra (fez no dia que Bush ordenou que retirassem a replica deste quadro, que estava na sede da ONU). Como se convive com essa beligerância pacifista vivendo em Miami?
Tenho tatuado bastantes coisas de Picasso. Tem muita gente nos EUA que pensa igual a mim. Também digo a você que os EUA têm o Bush como presidente, mas é um país que também já deu a Martin Luther King entre outras pessoas memoráveis. Creio que existe muitas Miamis, tantas outras Pamplonas, é dizer, que há muitas outras formas de viver em uma cidade. Eu sou um felizardo porque vivo em um ambiente que tem mais haver com a arte e com a musica mais que do que com política, porem não deixo de me preocupar com temas que são de absoluta atualidade e que nos preocupam a todos, como é o caso da guerra.
9 - Precisamente, Alejandro Sanz, em referencia a situação política que se encontra na Espanha, já chegou a afirmar que “parece que estamos votamos para a presidência do sindicato dos palhaços, com todo meu respeito aos palhaços”. Que pode contribuir com a musica para que a situação comece a mudar?
Creio que a musica é um método infalível, sobretudo porque é eterno. Os presidentes passarão, os republicanos e os democratas passarão, todos passarão, mas a musica é para sempre. Nessa posição podemos estar presentes na forma de pensar da gente, e isso é algo muito importante. Sobretudo porque se faz desde um ponto de vista muito perto, muito amável e tem tudo muito q haver com as emoções. E esta é a força muito maior que os discursos, e as ações bélicas; uma canção não pode parar um tanque (de guerra), mas pode partir a alma de quem o conduz.
10 – Sim aceitamos “El tren de los momentos” como uma comparação da própria vida, o que é importante são os momentos vividos ou a própria viagem?
Já tive muitos momentos importantes, entretanto alguns que eu guardo pra mim e prefiro não compartir. Mas precisamente o titulo do disco é que expressam são as etapas importantes, não somente para mim, mas senão para muita gente. Essa viagem que fizemos não sei onde e quando voltamos sua vida já havia sido trocada; essa etapa em que é havia estudado na universidade, mas saibas que quando acabar tua vida vai tudo mudar. São todos os instantes que juntos formam uma etapa de sua vida que dão forma a essa ponte que cruzas e sabes que do outro lado vai encontrar novos ares.
Por
Emiña y Meg às
14:41|
Haloscan:
1 Comentários:
De todas as entrevistas da fase El Tren de los momentos. esta sem dúvida é a melhor!
Por Magda Miranda, Às 24 de set. de 2007, 23:22:00
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