6 – A primeira musica de trabalho (La primera persona) do seu novo álbum contem uma frase automaticamente demolidora "No hay más miedo que el que sientes cuando ya no sientes nada" – Não há mais medo que aquele que se sente quando não se sente mais nada – Artisticamente, já chegaste sentir-te assim, Alejandro?
Cheguei a me sentir psicologicamente e emocionalmente assim. Felizmente, o artista também é capaz de utilizar a dor como fonte de inspiração. Foi assim mesmo que cheguei a me sentir.
7 - E qual é o remédio para resolver essa crise?
A pomada da ilusão, a pomada das vontades, o ungüento de não abandonar a musica, os amigos a família...

Tenho tatuado bastantes coisas de Picasso. Tem muita gente nos EUA que pensa igual a mim. Também digo a você que os EUA têm o Bush como presidente, mas é um país que também já deu a Martin Luther King entre outras pessoas memoráveis. Creio que existe muitas Miamis, tantas outras Pamplonas, é dizer, que há muitas outras formas de viver em uma cidade. Eu sou um felizardo porque vivo em um ambiente que tem mais haver com a arte e com a musica mais que do que com política, porem não deixo de me preocupar com temas que são de absoluta atualidade e que nos preocupam a todos, como é o caso da guerra.
9 - Precisamente, Alejandro Sanz, em referencia a situação política que se encontra na Espanha, já chegou a afirmar que “parece que estamos votamos para a presidência do sindicato dos palhaços, com todo meu respeito aos palhaços”. Que pode contribuir com a musica para que a situação comece a mudar?
Creio que a musica é um método infalível, sobretudo porque é eterno. Os presidentes passarão, os republicanos e os democratas passarão, todos passarão, mas a musica é para sempre. Nessa posição podemos estar presentes na forma de pensar da gente, e isso é algo muito importante. Sobretudo porque se faz desde um ponto de vista muito perto, muito amável e tem tudo muito q haver com as emoções. E esta é a força muito maior que os discursos, e as ações bélicas; uma canção não pode parar um tanque (de guerra), mas pode partir a alma de quem o conduz.
10 – Sim aceitamos “El tren de los momentos” como uma comparação da própria vida, o que é importante são os momentos vividos ou a própria viagem?
Já tive muitos momentos importantes, entretanto alguns que eu guardo pra mim e prefiro não compartir. Mas precisamente o titulo do disco é que expressam são as etapas importantes, não somente para mim, mas senão para muita gente. Essa viagem que fizemos não sei onde e quando voltamos sua vida já havia sido trocada; essa etapa em que é havia estudado na universidade, mas saibas que quando acabar tua vida vai tudo mudar. São todos os instantes que juntos formam uma etapa de sua vida que dão forma a essa ponte que cruzas e sabes que do outro lado vai encontrar novos ares.
1 Comentários:
De todas as entrevistas da fase El Tren de los momentos. esta sem dúvida é a melhor!
Por
Magda Miranda, Às
24 de set. de 2007, 23:22:00
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